23 de março de 2011

Dar de graça o que de graça receber

 

Juca tinha 8 para 9 anos quando isso aconteceu. Foi assim:

Um dia sua irmã menor, a Carolina, ficou muito doente. Tão fraquinha, quase não se mexia, deitada na caminha naquela casa pobre. Além disso, a família de Juca, seu pai, sua mãe e seus irmãos moravam no meio do mato, os vizinhos eram distantes e eles não tinham recursos, nem médico, nem nada. Alguns vizinhos até achavam que a Carolina não passaria daquela noite.
 
Juca adorava sua irmã, então resolveu fazer uma prece por ela, uma prece que sua avó ensinara. Ficou ao lado dela, no chão, orando e pedindo a Deus que curasse a sua irmãzinha, que ela ficasse completamente boa. Naquela noite ele orou, orou com toda força e fé e só adormeceu pouco antes do sol nascer.
 


Quando ia adormecendo, percebeu que entrava no quarto uma moça de branco, muito bonita acompanhada de outras moças que se aproximaram de Carolina. Juca entendeu que era a médica e as enfermeiras que ele pedira em sua oração e que Jesus enviara para curar sua irmãzinha.
Quando ele acordou, de manhãzinha, foi uma festa: Carolina estava curada. Então contou a todos como foi que aconteceu e a notícia logo se espalhou.
 
Veio gente de longe para conhecer o menino que tinha uma oração tão poderosa: todos o elogiavam e começaram a pedir as orações de Juca.
A vaidade de Juca foi crescendo...
Foi aí que ele começou a pensar assim: todos queriam suas orações, ele não era rico e seu pai e sua mãe tinham que trabalhar na lavoura e ele também. Se começasse a cobrar pelas orações, ninguém mais em sua casa precisaria trabalhar, todos teriam uma vida folgada e ele ficaria rico!
Assim pensou e assim fez. Começou a cobrar e ganhar dinheiro.

Juca "vendia" suas orações de acordo com o tamanho e a função.
O povo da redondeza era muito pobre e não podia pagar. Pois Juca foi ficando exigente: ou pagavam, ou não atendia. E assim, ganhou tanto dinheiro que chegou a construir uma nova casa.
Só que os problemas foram aparecendo, as brigas e as discussões por dinheiro começaram a piorar, até entre seus pais e seus irmãos que quase não se entendiam mais.
Em sua ganância, Juca não percebia muita coisa: não percebia, por exemplo, que a médica e as enfermeiras que o ajudavam desde aquela primeira vez não apareciam mais, estavam se afastando, e que as próprias orações que ele fazia tinham se transformado em coisas vazias, simples obrigações desagradáveis e, devagarzinho, estavam perdendo toda a sua força.
Mas o pior de tudo é que Juca não aceitava alguém dizer que ele exigia pagamento por um dom que recebera de graça de Deus. Não percebeu que, quando se negou a orar de graça pelos pobres da redondeza, alguns espíritos das trevas começaram a se aproximar de sua vida e afastaram sua amiga médica e as enfermeiras que eram Espíritos de Luz, seus protetores. Aqueles maus Espíritos que agora cercam Juca, eram antigos inimigos que buscavam vingança dele e de sua família.
Nós não sabemos como a história de Juca terminou, se ele se corrigiu e voltou a praticar a verdadeira caridade ou se permaneceu afastado de Deus, mas não queremos que tenha um final triste.
Por isso, vamos todos juntos vibrar para que ele e todas as pessoas no mundo que agem dessa maneira encontrem o caminho do amor ao próximo, ajudando os mais necessitados de maneira desinteressada para que voltem a receber a visita dos Espíritos Elevados, que mesmo nunca nos abandonando, às vezes não podem nos ajudar por nossa própria culpa.

Livro – Brincando e Aprendendo o Espiritismo Volume 2
Capitulo 13 – Dar de Graça o que de Graça Receber.

  • Prece de encerramento 
  • Imagens da história para COLORIR 

Atividade

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário